PELD EBMN lança relatório fotográfico de atividades

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3 de maio de 2024

Material reúne registros de diversas espécies e estudos realizados pelo projeto no Cerrado

Amostragem de aves do PELD EBMN

Os dados das pesquisas ecológicas de longa duração precisam ser comparados ao longo de décadas. Mas, além da longevidade, existe um outro fator: a diversidade de linhas de pesquisa que podem ser desenvolvidas. Registrar esses feitos também é uma parte importante do processo, por isso, o PELD EBMN lançou seu Relatório Fotográfico de Atividades que reúne imagens captadas pela equipe dos últimos anos de atuação do projeto.

Esse sítio PELD fica localizado na região sudoeste de Goiás, trabalhando com o tema “Efeitos da composição e configuração das paisagens sobre a biodiversidade: uma análise multinível”. É daí que vem a sigla EBMN. 

Mas, o que significa essa “análise multinível”?

A região onde o EBMN atua abrange municípios que se destacam, nacionalmente, por serem líderes na produção agropecuária de grãos como soja e milho. Entretanto, o crescimento econômico não tem sido acompanhado por estudos que trazem um maior conhecimento sobre a diversidade e estado de conservação da fauna e flora da região. Muito menos, dos efeitos daexpansão agrícola sobre a biodiversidade local. 

Uma das dificuldades para ter essa dimensão  é a ausência de Unidades de Conservação oficiais representativas na região.O projeto surge neste contexto e se propõe a estudar os efeitos da fragmentação da fauna e da flora causada pela agropecuária , as interações ecológicas e os serviços ecossistêmicos presentes na região. Para isso, executa atividades em fragmentos de vegetação nativa em localidades legalmente protegidas, como áreas de preservação permanente e reservas legais, localizadas em propriedades particulares.

Desde novembro de 2021, as equipes do PELD EBMN têm percorrido os fragmentos da região para realizar amostragens de diversos grupos animais e vegetais, além de visitar escolas e outras instituições divulgando os resultados para a comunidade. 

Registros permanentes

Todas essas atividades estão representadas em imagens únicas do Relatório Fotográfico, que pode ser acessado por este link.

Além das fotografias, as gravações de áudio dos anfíbios, os vídeos e fotografias de mamíferos (obtidos com as armadilhas fotográficas) e os indivíduos coletados são depositados na Coleção de Vertebrados Alípio de Miranda Ribeiro do Instituto Federal Goiano/Campus Rio Verde. 

Confira um resumo das atividades desenvolvidas pelo EBMN 

– Amostragem de mamíferos de médio e grande porte por meio da instalação de armadilhas fotográficas, com sensor de presença, que registram vídeos e fotografias de mamíferos silvestres como a onça-parda, a anta, tamanduá-bandeira, entre outras espécies.  

–  Amostragem de pequenos mamíferos terrestres utilizando armadilhas de captura viva para coletar pequenos mamíferos silvestres (roedores e marsupiais), levando alguns deles para laboratório para a identificação citogenética (cromossomos) e morfológica (pele, crânio e dentes).  

– Amostragem de insetos por meio da instalação de armadilhas para captura de insetos e a observação dos espécimes em laboratório

– Amostragem de pererecas, rãs e sapos (anfíbios anuros) com a instalação de gravadores automáticos próximo a represas, lagoas, rios e cursos d’água para registrar o canto (vocalizações) das espécies. Além disso, os pesquisadores também percorrem as margens desses locais para visualizar e fotografar indivíduos desses animais

– Amostragem de plantas lenhosas em que as equipes delimitam parcelas, realizam amostragem das espécies e coletam material a ser incorporado ao herbário do IF Goiano/Campus Verde. 

– Amostragem de peixes por meio de visitas a riachos, rios e corpos de água da região, além de registrar informações sobre o uso do solo e variáveis ambientais locais como temperatura, pH, condutividade. 

– Amostragem de aves: os pesquisadores percorrem os fragmentos para registrar a vocalização de aves, além de visualizar e fotografar indivíduos desses animais.

– Estudos ecotoxicológicos para identificar possíveis danos genéticos causados no DNA de anfíbios por produtos químicos, incluindo agrodefensivos, utilizados na agricultura e outras atividades humanas na região. 

– Visitas a escolas para a realização de palestras sobre os resultados obtidos no projeto com exposição de vídeos, fotografias e textos.

– Realização de palestras em eventos acadêmicos como congressos e semanas acadêmicas.

– Reuniões com gestores de órgãos ambientais da região para discutir estratégias e apresentar os resultados preliminares.

– Realização do I Workshop de Sítios Peld sediados em Goiás que foi uma oportunidade de intercâmbio de ideias e colaboração entre as equipes dos sítios PELD atuando no estado.

Matéria produzida pelo Projeto PELDCOM

Coordenação Geral: Alessandra Brandão

Coordenação Executiva: Carol Salgado

Texto: Prof. Jânio C. Moreira – PELD EBMN, Júlia Magalhães – Graduanda

Edição: Márcia Dementshuk

Fotos: PELD EBMN

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