Programa PELD

Peldcom

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24 de agosto de 2021

O Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração, o PELD, foi criado em 1997, sob a coordenação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).

Anterior ao PELD, havia a expectativa de manter no Brasil pesquisas ecológicas com duração além do período de um doutorado ou pós-doutorado. As pesquisas eram realizadas, mas havia dificuldade em mantê-las porque os recursos terminavam quando o, ou a pesquisadora concluía a pós- graduação. E na área da ecologia a continuidade do registro de dados por décadas é definitivo para a comparação de resultados com as pesquisas atuais.

Com a criação do programa PELD, essa continuidade é assegurada a cada quatro anos por meio de Chamadas Públicas, financiadas pelo CNPq através do MCTI, pelas Fundações de Amparo à Pesquisa, a Capes e parcerias locais. Assim, longas séries de dados sobre os ecossistemas são tratados de forma temporal: informações que apontam, por exemplo, para consequências de impactos ocasionados ao meio ambiente. O PELD tem a característica de gerar longa séries de dados concentrados em um só lugar só. O grupo de pesquisa trabalha com a evolução desses dados, o que se torna estratégico quando é necessário uma resposta urgente no caso de desastres ambientais.

Ao término do período da chamada (4 anos), os projetos passa por avaliação e podem concorrer à nova Chamada Pública. Por isso, um sítio de pesquisa pode durar mais do que o tempo de uma chamada. Há projetos em desenvolvimento há mais de 20 anos.

Além disso, por agregar diversos pesquisadores de áreas distintas, no PELD ocorre a integração desse conhecimento. Com o domínio das informações e constatados os problemas, a sociedade é inserida no processo a fim de buscar soluções através da participação, da educação e conscientização, da implementação de políticas públicas, entre outras ações.  

Os sítios abordam questões científicas fundamentais no contexto do desenvolvimento sustentável nacional e internacional. O PELD é membro da Rede Internacional de Pesquisa Ecológica de Longa Duração – ILTER, que congrega 39 membros em mais de 600 sítios de pesquisa ecológicas de longa duração. 

Por meio da Chamada CNPq/MCTI/CONFAP-FAPs/PELD Nº 21/2020 estão sendo financiados 40 sítios de pesquisa nos biomas brasileiros, além do projeto de comunicação pública da ciência, o PELDCOM. E ainda, mais três sítios contam com financiamento pelas Fundações de Amparo à Pesquisa de seus respectivos estados.

O PELD exerce um papel expressivo na sociedade, gerando entendimento sobre os ecossistemas brasileiros relacionado à agenda de desenvolvimento global da ONU, a Agenda 2030, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Gestão do PELD

A estrutura de gestão do PELD conta com os Comitês Gestor e Científico que atuam de forma integrada nas decisões estratégicas. Os comitês foram instituídos pela Resolução Normativa 023/2011:  “Regulamenta e estabelece instrumentos gerenciais e de fomento adequados à execução e ao aperfeiçoamento do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração – PELD.”

O Comitê Científico é formado por pesquisadores que não participam dos projetos, o que garante a isonomia. É responsável pela seleção dos sítios de pesquisa, faz análise do mérito das propostas. Acompanha, monitora e avalia. Convidados também participam, como foi o caso da contratação de um projeto de comunicação, quando foi necessária a presença de especialistas nessa área para avaliação.

O Comitê Gestor é responsável pela articulação do programa com os parceiros, tem a atribuição de buscar recursos para a continuidade do programa, avalia os relatórios sobre o andamento das pesquisas dos sítios apresentados ao comitê gestor. É formado por representantes das instituições de fomento, dos órgãos de governo e coordenadores de sítios PELD.

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