PELD-RAS e povos tradicionais trocam experiências

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9 de agosto de 2022

O projeto PELD-RAS é apresentado na aldeida Munduruku-Takuara. Foto Filipe França

Pesquisadores do projeto de Pesquisa Ecológica de Longa Duração Rede Amazônia Sustentável (PELD-RAS) se aproximam das comunidades tradicionais na Amazônia e trocam experiências. Se de um lado está a tecnologia e a investigação científica, de outro a vivência local apresenta soluções para problemas como os impactos causados pelo fogo, por exemplo.

O projeto da  Rede Amazônia Sustentável já foi apresentado para aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas que vivem na Floresta Nacional do Tapajós (Flona do Tapajós). A Flona do Tapajós abriga 23 comunidades tradicionais (ribeirinhas ou na região do planalto) e três aldeias indígenas da etnia Munduruku. Parte do monitoramento de longo-prazo do PELD-RAS é feito nessa região, em Santarém (PA).

Os encontros e oficinas são realizados nas comunidades, conforme narra o professor Filipe França, um dos integrantes do PELD-RAS: “Em uma das atividades usamos cartografia social com imagens de satélite para incorporar as perspectivas dos comunitários nas mudanças da paisagem. Também realizamos atividades participativas onde os comunitários identificaram os desafios relacionados aos impactos do fogo e depois apresentaram para todos participantes da oficina, promovendo a troca de ideias”.

As Terras Indígenas Munduruku-Takuara e Bragança-Marituba estão em interface com a unidade de conservação (38.8 mil hectares) e encontram-se duplamente protegidas. Os moradores se sustentam economicamente e sustentam a floresta.

“As principais atividades que fazem parte dos meios de vida dos moradores da Flona do Tapajós inclui a agricultura familiar (mandioca, arroz, milho e feijão caupi), pesca, e o extrativismo madeireiro (por meio do manejo florestal sustentável e comunitário) e não-madeireiro (óleos vegetais como copaíba e andiroba, frutas tropicais como cupuaçu e açaí, a castanha-do-Brasil e o látex). Atividades econômicas também incluem o ecoturismo de base comunitária, meliponicultura em pequena escala e venda de artesanatos”, esclarece Filipe França.

Reunião entre lideranças Munduruku, PELD-RAS, FUNAI, ICMBio e LBA. Foto: Filipe França

Além disso, os resultados do projeto são apresentados aos comunitários, um esforço de divulgação científica. “Nesse caso, também desenvolvemos atividades artísticas com as crianças das comunidades. Também, produzimos materiais paradidáticos. Nesse momento estamos produzindo um livro sobre a biodiversidade da Amazônia com atividades e recomendações para professores e estudantes do ensino básico.

Coordenadora do PELDCOM: @alessandrabrandaocamara
Texto: @marciadementshuk
Fonte: PELD-RAS (Coordenação Joice Ferreira)
Fotos: @ecofilipe – Filipe França e Marizilda Cuppre
Site: www.rasnetwork.org

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