Megaincêncidos na Amazônia: estudos do PELD RAS ganham espaço na mídia

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17 de janeiro de 2024

Milhares de km² de floresta já foram devastados pelo fogo

Foto: João Marcos Rosa / NITRO

Quando se fala em problemas ambientais na Amazônia, você provavelmente pensa de cara no desmatamento. Mas, existem outras questões que assolam a maior floresta tropical do mundo para além da extração ilegal de madeira e do garimpo: os incêndios. Ou, pior ainda, os megaincêndios. 

O fenômeno  ainda é pouco abordado na literatura científica, mas o PELD Rede Amazônia Sustentável (RAS/CNPq) faz um trabalho constante de monitoramento e pesquisa em áreas que sofrem com grandes focos de fogo. Recentemente, esses estudos foram abordados em uma grande reportagem no veículo independente Ambiental Media e no Jornal Nacional, da Rede Globo. 

O Peld RAS tem o objetivo de avaliar os impactos de distúrbios causados por humanos e pelos extremos climáticos, com foco na biodiversidade e nos processos ecológicos das florestas amazônicas. Ou seja, é muita coisa para se estudar, por isso, a parceria com o Ambiental vem de outras épocas. O PELD auxiliou na concepção científica deste último projeto, fornecendo consultas, análises de dados e direcionamentos. O resultado, depois de muita dedicação para tratar de um tema tão importante e ainda pouco divulgado, foi uma webpage com mapas, depoimentos de quem vivencia a devastação causada pelo fogo e o histórico de grandes incêndios já documentados. 

Mas o que são os megaincêndios?

Os megaincêndios são um assunto central dentro do PELD RAS. Como o próprio nome já sugere, não são focos de queimada comuns. São enormes incêndios que tomam conta de áreas com mais de 100 quilômetros quadrados e ocorrem nas mesmas condições climáticas, em um mesmo local e em uma determinada época do ano. Mas, diferentemente de outros biomas, como as savanas do cerrado, a Amazônia não teve um processo de coexistir com o fogo. Afinal, é uma floresta úmida, com flora sensível a combustão. 

Normalmente, esses grandes incêndios têm início pelo escape de outras queimadas, que saem do controle. Na região, é comum que se toque fogo no chão para criar áreas de pastagem e por conta do desmatamento. Ou seja, o fogo que existe na Amazônia não é natural, é provocado por ações humanas. Com as mudanças climáticas e a influência de fenômenos como o El Nino, o cenário fica ainda pior, causando uma redução na umidade do solo, o que faz com que o fogo se espalhe ainda mais rápido. Em 2023, por exemplo, um megaincêndio com proporção de 2.592 km², área que corresponde ao território total do país de Luxemburgo, atingiu a Unidade de Conservação da Floresta Nacional de Tapajós e da Reserva Extrativista de Tapajós-Arapiuns, no Pará. 

“Como é que essa floresta se recupera? Será que ela realmente se recupera? Quão resiliente ela é? Tudo isso faz parte das perguntas científicas do PELD RAS. Geralmente se fala muito nos impactos que a região amazônica sofre com o desmatamento, e tem muito pouco conhecimento do público sobre os impactos do fogo.

Então, a gente acha importante levar isso para o grande público para poder sensibilizar os tomadores de decisão, para gerar alternativas de solução para esse problema”, pontua Joice Ferreira, coordenadora do PELD RAS. 

Ficou curioso para conhecer mais sobre os impactos e detalhes dos megaincêndios? Confira mais na Ambiental Media e na matéria do Jornal Nacional, da Rede Globo. 

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Coordenação: Alessandra Brandão

Texto: Julia Magalhães – Graduanda

Edição: Márcia Dementshuk

Foto: João Marcos Rosa / NITRO / Divulgação PELD RAS

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